sábado, 28 de março de 2020

Nos ver sem tocar!

A coroa de um rei ou rainha, essa é a forma que veio para destronar a todos.
Já não sabemos mais do que somos feitos, tirando a parte de "carne e o osso".
Nossas verdades desapareceram. Nossas vestes se foram.
Estamos nus.
Pensamos em nos desesperar e desistimos. 
Pensamos em gritar e desistimos.
Pensamos em chorar e desistimos.
Alguma coisa acontece em nossos corações.
Tem um gosto ruim, mas na verdade é a falta de controle mesmo.
A opressão que sentimos agora vem com força.
Nossa missão tem sido manter nossa mente positiva.
Nos ver sem tocar. 
O sonho do abraço, a vontade de sentir, o colo que a gente quer dar.. tudo ficou tão grande e tão poderoso que desejamos muito. Nos lembramos de como era e agora queremos. Mas agora não podemos.
Correr pela casa pequena, de um cômodo para o outro. Se manter ativo.
Parece um filme.
Make me cry.
I´m alive.

Por Fabiola Sant´Ana









sexta-feira, 28 de setembro de 2018

E não está tarde para dizer que estou de saco cheio de dar explicação. Nunca assumi tanto minhas verdades, meus desejos e quem eu sou. Na minha trilha vem quer, quem gosta, quem se identifica. Não estou pra agradar a gregos e troianos.
Sou generosa demais para aceitar reclamações vazias.
Como é bom se amar e ter certeza que a minha linha é curva, mas chega lá sempre.
Eu confio no meu taco e você, confia no seu?

Kisses

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018


Utopia
Por Fabiola Sant´Ana

A utopia das férias 
azul turquesa
com corpos estranhos
e dias nublados

Trocadilhos de vida
cômico e trágico
inocência ao lado
e mais verdades

Encabulada
cabulando
Pintando a teoria
como fim e começo
Ou seria, começo e fim.

domingo, 22 de outubro de 2017


Burnout, meu querido

E de repente esgotei...
Na verdade ele se esgotou e me cutucou. 
Perguntou se eu não ia realmente dar atenção agora.
Me fiz de surda. É claro! Me fiz de muda também.
Peguei as folhas verdes e entrei nelas. 
Me balancei e me deixei voar.
Parecia uma idiota no mundo das idiotices de quem finge que não vê.
E lá permaneci. Não deixei nada, nem ninguém me incomodar.
Mas ele continuava me perguntando sem dó e nem piedade.
Tanta maldade e insanidade! Tanta chatice.
Porque me pressionar por uma resposta? Eu não sou burra.
Teimosia não é burrice, é só uma tentativa de ganhar tempo.
Sim!
Eu estava ganhando um tempinho para olhar pra você. Esse você que sou eu, no espelho da minha idiossincracia.
Esse tal de "burnout" que ouvi meio de lado, agora tinha que encarar de frente.
Voltei do balanço da rede e gritei, chorei e não dormi. 
Permaneci acordada mais uma vez como uma despedida da minha doce correria e hiperatividade.
E lá vou eu pisando em ovos, me redefinindo sem querer perder meu DNA construído por mim.
Assumo que não é nada triunfante, nem muito menos digno de mérito.
Sou o que sou. Não quero me perder.
Mas também não quero mais me esquecer.

By Fabiola Sant´Ana




domingo, 21 de maio de 2017

Dia ruins belos

Eu sempre escrevi sobre cotidiano, pessoas, inspirações simples e tudo que me chamava atenção naquilo que mais amo fazer que é observar. Mas faz 1 ano que não escrevo aqui, porque meus dedos passaram a se dedicar a outras escritas não tão livres e nem sempre felizes, mas sempre prazerosas.

Desde que resolvi empreender e montar meu negócio, muita coisa mudou. Não vou dizer que foi para melhor ou para pior, porque se tem algo que hoje eu tenho total consciência é que tem dia ruim sim e tem dia bom para cacete!!
E eu aprendi a ver muita beleza nos dias ruins. 

Tem muita gente por aí achando que precisa ver beleza em tudo para ser feliz e que precisa sentir em 100% do dia aquilo que tenho ouvido como "prazer e felicidade em realizar o que faz".

Eu sou uma pessoa empreendedora e venho afirmar aqui que acredito em escolhas que podem deixar o seu dia melhor. Mas as escolhas não significam largar tudo, sair por aí de mochila e nem muito menos ligar o tal do "foda-se".
As escolhas começam no momento que você abre os olhos de manhã e decide fazer diferença onde estiver, até naquele ambiente de trabalho mais hostil.

Isso não é utopia, pois falo por experiência própria. Tenho visto e convivido com muitas empresas onde os ambientes além de hostis, tem uma comunicação super violenta. Mas vejo profissionais capazes de se transformar no ambiente e transformar outros positivamente. O contrário também é verdadeiro.
Quando entro numa empresa, apesar de todas as entregas e protocolos combinados, me aproprio da condição de levar luz e energia suficientes para transformar, nem que seja um pensamento.

E essa felicidade é uma das mais legais de sentir.

Por isso antes de imaginar que para ser feliz tem que estar tudo em ordem, acredite que pode existir muita felicidade no caos. E seu dia tem vários momentos de caos. Aprecie um pouco e se reposicione perante àquilo que te incomoda, te insatisfaz, te deixa p...da vida com muita consciência de transformação e um pouco de pé no chão.



by Fabiola Sant´Ana

sábado, 4 de junho de 2016

Revirando

Reviravolta é aquela ação que acontece pra te dar um "tapa na cara" e te colocar novamente em alerta e no trilho.
E o que te parecia um grande precipício pode se tornar a melhor coisa da sua vida.
Não adianta agradecer só aos deuses. Não adianta mesmo...
Porque a relevância destes acontecimentos está em você entender e mudar a si mesmo. 
O agradecimento é muito empírico...como se só isso bastasse...como se fosse uma obrigação.
Se algo inusitado como uma reviravolta acontece, não há escapatória. Seja na vida pessoal, ou na profissional você vai precisar alterar a forma como age e pensa para que isso faça algum sentido.
Mas e se você não se dá conta disso? Será que é possível?
Como não dá para duvidar de nada, é possível que aconteça sim.
É aí é triste observar a distância a posição preguiçosa do ser humano que pode tanto, mas decide não gastar energia e deixa tudo na mesma.

By Fabíola Sant Ana






sábado, 18 de julho de 2015


Eu não aconselho ninguém a sair empreendendo por aí, porque esse é o tipo de conselho que ninguém deve dar. Aquele que quer empreender vai se descobrir em algum momento


Decidi empreender há quase 2 anos e desde então esta nova trilha tem me levado a caminhos inusitados. Decidi escrever um pouco sobre isso, porque muita gente não entendeu meus motivos. 
Será que eu era louca para jogar uma carreira de mais de 10 anos fora?
E todos os longos anos suados e dedicados, onde abri mão de passar momentos especiais com meu filho ao ponto de ver ele chamar a babá de mãe? Não teria valido a pena? Eu simplesmente jogaria fora tudo isso?
Esses e muitos outros comentários eu ouvi. Meus pais se preocuparam, não entendiam o porquê de eu mexer algo que já estava tão certo. Eu já estava velha para empreender, já tinha passado do ponto. Era como bagunçar o quebra cabeça de mais de 10.000 peças.
Um dia eu acordei incomodada e um dia viraram vários. Uma inquietação me corroía. Eu não tinha resposta para as perguntas que martelavam minha cabeça. Eu que sempre fui insone, passei a ter noites piores. Qual era o meu legado? Quais seriam minhas conquistas? Como eu poderia estar presente na vida de mais pessoas? Como eu poderia aprender mais? O que deixaria para meu filho? E nada disso se referia a bens materiais. Por isso estava tão difícil. Tudo era muito intangível e corrosivo.
Eu precisava de alguns inputs. Eu precisava arriscar. 
Eu passei a ler muito sobre empreendedorismo de impacto e estudar pessoas desse meio. Percebi que todas tinham algo em comum comigo que era essa vontade de fazer algo além de si mesmos, não só o pensamento inovador mas aquele brilho no olhar e aquele sorriso de quero mais. Percebi que tinham propósitos bem determinados e que suas histórias de sacrifício eram seu maior bem, seu maior tesouro. 
Mas voltando a minha decisão de largar a carreira executiva e como me diziam, jogar fora. Eu não poderia estar jogando fora isso. Eu apenas estaria rescindido um contrato, porque o conhecimento adquirido era meu e não da empresa. Por isso eu não estava jogando fora. Teria valido a pena sim! Tudo que aprendi, a liderança que desenvolvi, as amizades que fiz... era tudo meu!
E no dia que eu entendi isso, foi como se um clarão surgisse.
Você pode me perguntar se eu não tinha medo. Sim! Eu tive muito medo, mas a minha inquietação era ainda maior do que meu medo.
E as contas? A vida organizada? É verdade que as contas continuam a chegar.
Mas aí é que novos ponderamentos chegam.
Não dá mais para fazer viagens internacionais, férias espetaculares, jantares semanais em restaurantes badalados. Por enquanto não!
E não chamo isso de sacrifício, porque não é.
Desde que o clarão surgiu e persegui essa nova trilha, tenho conhecido tantas pessoas espetaculares. Tem dias que paro sozinha e me observo.. me belisco. Será que sou eu mesmo? Eu nem me conhecia como sou agora.
Essa é a verdade. Muita gente não conhece o potencial que tem.
Poder sair para falar da sua empresa para gente tão bacana que aceita te receber e o melhor ter mentores que nunca numa vida eu poderia imaginar que falariam comigo e que hoje me aconselham é algo assim que nenhum dinheiro compra.
Eu faço tudo na empresa. Sou comercial, palestrante, gerenciadora de projetos e etc...adoro fazer isso tudo. Principalmente porque vou trocando os personagens, mas mantendo a minha essência.
Eu ainda não encontrei o sucesso que quero financeiramente e nem o caminho certo. Impressionante como em tão pouco tempo já fiz tantos desenhos do legado quero deixar para os clientes. Um dos meus mentores me falou essa semana que é natural isso para quem está começando. Aos poucos, aos coisas vão se desenhando até que se encontra o caminho definitivo. Falou para eu não me preocupar, pois o mais importante é que eu tenho consciência das mudanças que preciso fazer e dos pontos que preciso ligar.
Outro dia conversando com um super querido, também empreendedor que hoje tem sua empresa de sucesso me disse que nós éramos iguais porque nós curtíamos participar do processo, mais do que do resultado.
Quando você se entrega ao processo de construção de qualquer coisa que vá fazer e no meu caso nos jobs que tenho que entregar ao clientes, eu passo a ter visão de dono e aí tudo muda. Como é bom construir e participar disso.
É claro que em todo esse pequeno percurso, tive tropeços, esbarrei com gente estranha que tentou puxar meu tapete, tive dias ruins, orçamentos negados e tudo mais.
Mas a parte boa e muito maior do que a parte chata é que, como já escrevi, conheci gente boa demais das mais diferentes especialidades e estilos. 
Além disso, meu escritório é em casa. O que me proporciona uma qualidade de vida sem comparação. Aprendi a ser mais disciplinada do que era, porque fazer home office exige isso. Exige que essa parte da sua casa realmente tenha
"cara" de escritório descolado ou formal (não importa!) e que a agenda seja respeitada criteriosamente.

Faço minha comida diariamente e com isso minha alimentação agora é muito mais saudável, posso caminhar todo dia pela manhã, além de levar e buscar meu filho no colégio nos dias que não estou viajando.
Tenho uma vida mais controlada financeiramente sim. Mas isso faz parte do processo. Ainda tenho muito feijão e arroz para comer e o aprendizado do empreendedor também é diário. A gente vai empreendendo e amadurecendo.
Eu não aconselho ninguém a sair empreendendo por aí, porque esse é o tipo de conselho que ninguém deve dar. Aquele que quer empreender vai se descobrir em algum momento. O segredo nesse momento é buscar estar ao lado de pessoas que tenham identificação com seu desejo e não tente planejar aquilo que desconhece. Permita se descontrolar um pouco.
Tem uma frase, acho que é do Einstein, que diz: Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes". 
O que acontece é que muitos reclamam de sua vida, mas fazem tudo igual.
Essa foi uma frase que usei como mantra quando decidi que era a hora de fazer coisas diferentes.
Hoje vejo o futuro mais próximo, sem um planejamento muito a longo prazo e isso me dá oportunidade de ir alterando o curso desse história.

Fabíola Sant Ana
Empreendedora e Feliz!!
















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