domingo, 10 de outubro de 2010

Chega!


Já foi o tempo de rir sem preocupação.
Tempo bom onde nada fazia sentido e tudo era divertido.
Eram tempos de correr por aí esquecendo da hora;
engolindo o lanche para não perder a brincadeira.
Fingindo não escutar a mãe gritar e sempre esquecendo o relógio em casa.
Que tempo gostoso!
Não tinha computador, nem celular.. os video games já existiam, mas não faziam tanto sucesso.
Bom mesmo era subir em árvore, brincar de polícia e ladrão e fazer trilha no morro aqui de trás.
Montar cabana no gramado e fazer comidinha "roubada" da despensa de casa era tudo!
Eu sei que minha mãe vai ler isso e agora vai descobrir!
Mas vai rir também e vai lembrar da sua infância correndo na beira do açude, subindo nos cajueiros, enterrando seus amigos na areia e inventando as maiores façanhas.
Percebi que não tenho dado uma infância assim ao meu filho.
Tanta tecnologia está cegando as crianças e a gente acaba embarcando nisso, sem perceber. Agora percebi...
Chega!
As coisas vão mudar aqui em casa. Ele vai me agradecer daqui uns 20 anos.

By Fabíola Sant`Ana

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tempo, Tempo, Tempo....


Completei 31 anos e nada sei.
Nada sei sobre a amizade;
nada sei ainda sobre o amor.
Nada sei sobre a morte;
nada sei sobre criação.
O meu saber é ínfimo.
Queria saber mais. Queria ter tempo para absorver mais.
As minhas reflexões de 31 anos de vida me levam a conclusões vazias.
Não estou dizendo que sou infeliz. Pelo contrário, estou muito feliz.
Mas o que percebo é que ainda sou uma pessoa que aprendeu pouco sobre essa vida aqui.
Cheguei a esta idade rapidamente, mas deixei poucos rastros.
Eu quero mais. Eu preciso fazer mais.
Algum sentido a essa passagem por aqui preciso dar...
Deixar para o meu filho ensinamentos que o ajudarão.
A vida está passando e eu só trabalho.
Quando chega a idade do equilíbrio? Quando poderei desfrutar do tempo?

By Fabíola Sant`Ana
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