sábado, 18 de julho de 2015


Eu não aconselho ninguém a sair empreendendo por aí, porque esse é o tipo de conselho que ninguém deve dar. Aquele que quer empreender vai se descobrir em algum momento


Decidi empreender há quase 2 anos e desde então esta nova trilha tem me levado a caminhos inusitados. Decidi escrever um pouco sobre isso, porque muita gente não entendeu meus motivos. 
Será que eu era louca para jogar uma carreira de mais de 10 anos fora?
E todos os longos anos suados e dedicados, onde abri mão de passar momentos especiais com meu filho ao ponto de ver ele chamar a babá de mãe? Não teria valido a pena? Eu simplesmente jogaria fora tudo isso?
Esses e muitos outros comentários eu ouvi. Meus pais se preocuparam, não entendiam o porquê de eu mexer algo que já estava tão certo. Eu já estava velha para empreender, já tinha passado do ponto. Era como bagunçar o quebra cabeça de mais de 10.000 peças.
Um dia eu acordei incomodada e um dia viraram vários. Uma inquietação me corroía. Eu não tinha resposta para as perguntas que martelavam minha cabeça. Eu que sempre fui insone, passei a ter noites piores. Qual era o meu legado? Quais seriam minhas conquistas? Como eu poderia estar presente na vida de mais pessoas? Como eu poderia aprender mais? O que deixaria para meu filho? E nada disso se referia a bens materiais. Por isso estava tão difícil. Tudo era muito intangível e corrosivo.
Eu precisava de alguns inputs. Eu precisava arriscar. 
Eu passei a ler muito sobre empreendedorismo de impacto e estudar pessoas desse meio. Percebi que todas tinham algo em comum comigo que era essa vontade de fazer algo além de si mesmos, não só o pensamento inovador mas aquele brilho no olhar e aquele sorriso de quero mais. Percebi que tinham propósitos bem determinados e que suas histórias de sacrifício eram seu maior bem, seu maior tesouro. 
Mas voltando a minha decisão de largar a carreira executiva e como me diziam, jogar fora. Eu não poderia estar jogando fora isso. Eu apenas estaria rescindido um contrato, porque o conhecimento adquirido era meu e não da empresa. Por isso eu não estava jogando fora. Teria valido a pena sim! Tudo que aprendi, a liderança que desenvolvi, as amizades que fiz... era tudo meu!
E no dia que eu entendi isso, foi como se um clarão surgisse.
Você pode me perguntar se eu não tinha medo. Sim! Eu tive muito medo, mas a minha inquietação era ainda maior do que meu medo.
E as contas? A vida organizada? É verdade que as contas continuam a chegar.
Mas aí é que novos ponderamentos chegam.
Não dá mais para fazer viagens internacionais, férias espetaculares, jantares semanais em restaurantes badalados. Por enquanto não!
E não chamo isso de sacrifício, porque não é.
Desde que o clarão surgiu e persegui essa nova trilha, tenho conhecido tantas pessoas espetaculares. Tem dias que paro sozinha e me observo.. me belisco. Será que sou eu mesmo? Eu nem me conhecia como sou agora.
Essa é a verdade. Muita gente não conhece o potencial que tem.
Poder sair para falar da sua empresa para gente tão bacana que aceita te receber e o melhor ter mentores que nunca numa vida eu poderia imaginar que falariam comigo e que hoje me aconselham é algo assim que nenhum dinheiro compra.
Eu faço tudo na empresa. Sou comercial, palestrante, gerenciadora de projetos e etc...adoro fazer isso tudo. Principalmente porque vou trocando os personagens, mas mantendo a minha essência.
Eu ainda não encontrei o sucesso que quero financeiramente e nem o caminho certo. Impressionante como em tão pouco tempo já fiz tantos desenhos do legado quero deixar para os clientes. Um dos meus mentores me falou essa semana que é natural isso para quem está começando. Aos poucos, aos coisas vão se desenhando até que se encontra o caminho definitivo. Falou para eu não me preocupar, pois o mais importante é que eu tenho consciência das mudanças que preciso fazer e dos pontos que preciso ligar.
Outro dia conversando com um super querido, também empreendedor que hoje tem sua empresa de sucesso me disse que nós éramos iguais porque nós curtíamos participar do processo, mais do que do resultado.
Quando você se entrega ao processo de construção de qualquer coisa que vá fazer e no meu caso nos jobs que tenho que entregar ao clientes, eu passo a ter visão de dono e aí tudo muda. Como é bom construir e participar disso.
É claro que em todo esse pequeno percurso, tive tropeços, esbarrei com gente estranha que tentou puxar meu tapete, tive dias ruins, orçamentos negados e tudo mais.
Mas a parte boa e muito maior do que a parte chata é que, como já escrevi, conheci gente boa demais das mais diferentes especialidades e estilos. 
Além disso, meu escritório é em casa. O que me proporciona uma qualidade de vida sem comparação. Aprendi a ser mais disciplinada do que era, porque fazer home office exige isso. Exige que essa parte da sua casa realmente tenha
"cara" de escritório descolado ou formal (não importa!) e que a agenda seja respeitada criteriosamente.

Faço minha comida diariamente e com isso minha alimentação agora é muito mais saudável, posso caminhar todo dia pela manhã, além de levar e buscar meu filho no colégio nos dias que não estou viajando.
Tenho uma vida mais controlada financeiramente sim. Mas isso faz parte do processo. Ainda tenho muito feijão e arroz para comer e o aprendizado do empreendedor também é diário. A gente vai empreendendo e amadurecendo.
Eu não aconselho ninguém a sair empreendendo por aí, porque esse é o tipo de conselho que ninguém deve dar. Aquele que quer empreender vai se descobrir em algum momento. O segredo nesse momento é buscar estar ao lado de pessoas que tenham identificação com seu desejo e não tente planejar aquilo que desconhece. Permita se descontrolar um pouco.
Tem uma frase, acho que é do Einstein, que diz: Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes". 
O que acontece é que muitos reclamam de sua vida, mas fazem tudo igual.
Essa foi uma frase que usei como mantra quando decidi que era a hora de fazer coisas diferentes.
Hoje vejo o futuro mais próximo, sem um planejamento muito a longo prazo e isso me dá oportunidade de ir alterando o curso desse história.

Fabíola Sant Ana
Empreendedora e Feliz!!
















terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Unicidade e Magia

Não sei se outras pessoas além de mim já se deram conta sobre a magia de alguns momentos.

Comigo já aconteceu tantas vezes. São aqueles encontros, aqueles momentos, aqueles eventos que lembramos com o brilho no olhar e falamos que nunca mais vão se repetir.

Algumas vezes já tentei até repetir a cena, mas a energia, o transe, a "vibe" das pessoas.. tudo é diferente.

Por isso que acredito em unicidade.

Coisas únicas e perfeitas para serem lembradas sim. Para rir um pouco, para fechar um quebra cabeça e para fazer sentido mesmo depois de alguns anos.

Eu já tive um carnaval incomparável e por mais que todos que estavam ali unidos naqueles dias há 7 anos tentem repetir, nunca conseguirão a magia daquele encontro, daquela união, daquela felicidade, daquele transe sem precedentes... daquele encontro por força maior como se todos fossem imãs de si mesmos e de todos.
E assim são tantos outros momentos em nossas vidas.

Para quem vive!




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