Ando a viver literalmente cada dia de uma vez.
Mais uma vez fui de perto aberto.
Recebi o que não merecia.
Sofri sem entender.
Me enrosquei até entrar dentro de uma concha.
Me vesti de farrapos e me entreguei aos meus travesseiros.
Não falei. Não gritei. Não evitei.
Me deixei consumir e esforço não fiz.
Me entreguei.
Já passou. Um novo dia chegou.
Mas senti até tudo doer e vergonha não tenho. Nem lamento.
Me relembro apenas, pois o intervalo de tempo suficiente ainda não é para me fazer esquecer.
Só mais alguns dias...
É o que eu preciso.
domingo, 12 de setembro de 2010
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