domingo, 31 de janeiro de 2010

Quando eu chorar, deixe como está


Quando eu chorar, deixe como está.
Não procure entender de imediato.
Não tente me dizer o óbvio.
Não acredito em obviedades nos sentimentos e é capaz de eu me irritar.
Pode achar que eu estou supervalorizando minhas lágrimas. Não é nada disso.
Você não imagina como é libertador.
Depois do choro, costumo ficar quieta.
Nessa hora analiso de forma criteriosa cada cena reproduzida pela minha mente.
Aqueles que são capazes de chorar e ao mesmo tempo analisar as reações de seu corpo e de sua mente, verdadeiramente se conhecem. Eu não temo aquilo que posso perceber em mim, até mesmo os maus e injustos pensamentos.
Mas se choro, é para aliviar todo o excesso e toda escassez.
Quando eu chorar, apenas me olhe.
E se eu quiser falar, apenas me escute.
E quando eu deitar no seu ombro, não me abrace, me aperte.
Me desculpe se pareço egoísta.
Eu também não gosto de parecer assim.
Só não quero que carregue a responsabilidade de me livrar de todos os males.
Você já é o melhor que pode ser.

Um comentário:

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