domingo, 4 de abril de 2010

Todo dia igual a todo dia....

Ela nunca coloca o despertador.
Acorda descabelada e sai correndo pela casa.
Procura o banheiro e joga água na cara.
Fala um dialeto estranho e enrolado.
Ninguém entende e ninguém dá ouvidos.
O café agora morno é o que resta.
Graças a Deus a marmita empacotada está.
Agora é só bochechar bastante e lavar os dentes.
Não dá nem tempo de sorrir para os vira latas.
É que o 241 tem saído no horário.
Deixa para curar a fome matinal com o pão de queijo na esquina da descida do ônibus.
Até lá é melhor nem pensar.
Sua única promessa em pensamento é que mais tarde ao voltar para casa, ela vai colocar o despertador.
Será?

By Fabíola Sant`Ana

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