Como estou em recesso, vou postar alguns textos que escrevi quando tinha 16 anos. Encontrei esse caderno com vários textos expressando os meus pensamentos ainda bem jovem.
**************************
A Busca
É tão bom entender, ou melhor, tentar entender o que não normalmente acontece a nossa volta. Digo isso porque todos os minutos que passam tanto do dia, da tarde e da noite (a cada 60 segundos) procuro compreender os passos que dou, os caminhos que percorro e o quanto são e se tornam vazios, interessantes e até proveitáveis.
Eu sei que parece paranóico e confuso, porém não é uma confusão de alguém que não saiba o que quer e sim da certeza de querer muitas coisas.
É a confusão também do questionamento, como se eu vivesse a procura de sentimentos novos que acabaram de brotar cavucando-os demonstrando uma insatisfação momentânea com a sede de desejar sempre coisas e satisfações novas e diferentes, esquecendo de que na vida nós só temos duas mãos e infelizmente se torna difícil segurar tantas coisas ao mesmo tempo com a mesma firmeza e segurança.
****************************
DEUS
Te ter é ter o que sempre quis ter porque antes de ti o que queria ter parecia
distante e agora que tenho nada mais quero ter porque ao te ter tudo que desejava veio juntamente a ti se tornando mais do que eu imaginava ter e agora eu entendo quando quem o tinha me dizia que te ter era ter tudo, já que agora eu o tenho: DEUS.
***************************
Sei lá
Nas segundas, nas terças, nas quartas, nas quintas, nas sextas..
Mais uma sexta, o céu faz barulho, parece que vai abrir.
Contemplo minha vida, meu quarto, minha foto.
Engulo a seco aquilo que me confunde.
Engulo bem molhado o prazer de estar com minha família.
Quantos trocariam ou quantos não?
Eu não troco por nada.
A minha família, a minha paz, o meu Deus.
Mais um canal, mais uma história, um conto.. mais um amor.
E quantos já tive? E quanto vou ter? Já não posso saber.
A espera de uma única escolha abala o meu ser.
O futuro me traz lágrimas ao olhos e eu nem sei porquê.
Mas sem saber, choro.
O passado já quero esquecer, o presente é confuso. Só isso.
E no meio a tantas flores, abelhas se deliciam e surgem as mais belas mãos,
o mais belo olhar, o lado doce do humano que vem para cuidar.
Mas espinhos brotam. Sempre brotarão.
Sei lá...
*******************************************************
terça-feira, 14 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
De uma coisa tenho certeza, aos 16 anos você já sabia muito bem definir suas idéias.
ResponderExcluirLindo texto.
Beijos.