terça-feira, 14 de julho de 2009

Aos 16...

Como estou em recesso, vou postar alguns textos que escrevi quando tinha 16 anos. Encontrei esse caderno com vários textos expressando os meus pensamentos ainda bem jovem.

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A Busca

É tão bom entender, ou melhor, tentar entender o que não normalmente acontece a nossa volta. Digo isso porque todos os minutos que passam tanto do dia, da tarde e da noite (a cada 60 segundos) procuro compreender os passos que dou, os caminhos que percorro e o quanto são e se tornam vazios, interessantes e até proveitáveis.
Eu sei que parece paranóico e confuso, porém não é uma confusão de alguém que não saiba o que quer e sim da certeza de querer muitas coisas.
É a confusão também do questionamento, como se eu vivesse a procura de sentimentos novos que acabaram de brotar cavucando-os demonstrando uma insatisfação momentânea com a sede de desejar sempre coisas e satisfações novas e diferentes, esquecendo de que na vida nós só temos duas mãos e infelizmente se torna difícil segurar tantas coisas ao mesmo tempo com a mesma firmeza e segurança.

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DEUS

Te ter é ter o que sempre quis ter porque antes de ti o que queria ter parecia
distante e agora que tenho nada mais quero ter porque ao te ter tudo que desejava veio juntamente a ti se tornando mais do que eu imaginava ter e agora eu entendo quando quem o tinha me dizia que te ter era ter tudo, já que agora eu o tenho: DEUS.

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Sei lá

Nas segundas, nas terças, nas quartas, nas quintas, nas sextas..
Mais uma sexta, o céu faz barulho, parece que vai abrir.
Contemplo minha vida, meu quarto, minha foto.
Engulo a seco aquilo que me confunde.
Engulo bem molhado o prazer de estar com minha família.
Quantos trocariam ou quantos não?
Eu não troco por nada.
A minha família, a minha paz, o meu Deus.
Mais um canal, mais uma história, um conto.. mais um amor.
E quantos já tive? E quanto vou ter? Já não posso saber.
A espera de uma única escolha abala o meu ser.
O futuro me traz lágrimas ao olhos e eu nem sei porquê.
Mas sem saber, choro.
O passado já quero esquecer, o presente é confuso. Só isso.
E no meio a tantas flores, abelhas se deliciam e surgem as mais belas mãos,
o mais belo olhar, o lado doce do humano que vem para cuidar.
Mas espinhos brotam. Sempre brotarão.
Sei lá...

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Um comentário:

  1. De uma coisa tenho certeza, aos 16 anos você já sabia muito bem definir suas idéias.
    Lindo texto.
    Beijos.

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