Enquanto isso, choramos por Michael

O que acontece no Senado?
Escutei um pronunciamento do ilustre presidente da casa, José Sarney onde afirmava:
“A crise do senado não é minha!".
Como assim? Eu pensei imediatamente.
Mas ele não é o presidente e ainda assim não se sente parte responsável?
Eu até compreendo que ele não seja o único responsável por toda a crise da instituição vista como conservadora, mas enquanto presidente é quem nos deve dar explicações.
Mas quais são as acusações:
Pelo que li em sites e jornais, as acusações acabam levando sempre ao Sarney.
São acusações de edições de atos secretos nomeando parentes, a acusação contra seu neto José Adriano Sarney que faria parte de um esquema irregular de crédito consignado pelo Senado, sendo inclusive investigado pela Polícia Federal e ainda existe um "zum zum" de que o ilustre presidente tenha nomeado diretamente pelo menos 9 familiares, receber auxílio-moradia de 3 800 reais e, ainda, usar seguranças do Senado para fazer a segurança de sua residência, no Maranhão.
Mas a crise não tem nada a ver com ele! Ele garante!
Sempre volto para a casa escutando no rádio "A voz do Brasil".
Descobri que é um ótimo veículo onde me atualizo sobre os poderes judiciário, executivo, câmara e senado.
E num desses dias escutei o ilustre presidente falando que não admitia ser tratado assim pelo povo brasileiro que já o conhecia há tanto tempo.
Que fanfarrão! Como pode usar deste argumento?
Meu amigo, eu não posso dizer que conheço bem nem meus familiares, que dirá uma figura política tão distante de minha realidade e que, além disso, só tem "sujeira" ao seu redor.
Para mim, é simples. Se for tudo mentira, prove! Não fica se esquivando.

E o pior é que enquanto isso doze acusados da CPI do Mensalão são absolvidos, 4 renunciaram e só três foram cassados e a divulgação sobre esse fato foi mínima. Não sei o que é pior.

Ah, eu sei sim, o pior mesmo é enquanto tudo isso acontece vermos a comoção no nosso país sobre a morte do Michael. Pobrezinho!
Ou pobres de nós?

Por Fabíola Sant`Ana