Viver em comunhão

A expectativa de qualquer coisa na vida já vem imbuída de frustação.

Todos ficamos a espera de um sorriso, de um oi, de um abraço, de um chamego e de uma atenção.

Podemos até achar que não, mas é da nossa natureza. Fomos criados assim. Não há como fugir dessa dependência que temos das outras pessoas.

E é muito bom compartilhar. Então se não é nenhum sacrifício porque é tão difícil?

Hoje lá na igreja falamos sobre comunhão de uma forma ampla, sobre como desafiamos a natureza nos fechando numa caverna escura.

Se você pensa que vive em comunhão só pq de vez em quando se importa com alguém ou pq não faz mal nem a uma mosca, está muito enganado!

Viver em comunhão é estar presente na vida do outro, mesmo quando aquela pessoa não faz parte da sua família e do seu cotidiano.

É se interessar e se preocupar com aquilo que te dizem. Ouvir com clareza. É estar de peito aberto para ser generoso. É também ter disposição para compartilhar momentos da sua vida com as pessoas sem considerar que está sendo um fardo, porque as pessoas também querem estar presentes. Então permita isso. Essa troca deveria ser o combustível do mundo e não a raiva, o ódio, o rancor, o desdenho e as imbecilidades.

Você pode comungar com o outro na sua casa, no seu trabalho e até em locais inusitados. É só estar atenta para os barulhos que te rodeiam. Quem sabe você não transforma isso em música e se coloca como platéia para aplaudir o seu irmão, o seu colega, o seu amigo, o seu desconhecido...